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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Eu preciso falar dela. E não consigo me referir a ela sem usar um substantivo composto. Nem apenas amiga, nem apenas irmã. É assim: "amiga-irmã". A Naty entrou na minha vida há uns 5 anos Eu tinha uns 9 e ela uns 10 anos e foi através de uma amiga em comum. Eu tenho poucas, mas boas amizades. Mas com a Nathallya era diferente, ela era minha irmã. A irmã que a vida não me deu, mas o meu coração escolheu.
A Nathallya sempre teve um temperamento muito forte, desde criança. Ela era extremamente verdadeira e impulsiva. Não importa o que ela estava pensando, ela sempre falava. E falava do jeito que pensava, sem ajustes. Por isso tinha pessoas que, por não conhecê-la muito bem, não simpatizavam com ela. Mas ela era assim, sincera demais, de opiniões fortes, com um coração gigante e desde cedo muito madura. 
Apesar dela ser muito geniosa, em todos esses anos nós brigamos duas vezes apenas. A última foi recentemente passado e foi bem feia, com direito a DR e muitas lágrimas. Mas, como irmãs inseparáveis que somos, conversamos muito e nos entendemos.
Eu sempre pude contar com a Nathallya, em todos os momentos da minha vida. Era a primeira pessoa pra quem eu ligava pra chorar minhas dores de amor adolescente. E ela, um ano mais velha, parecia minha mãe, sempre com a cabeça no lugar, sempre com o conselho certo na hora certa. E sempre com um delicioso "eu te amo" no final. E, brava que só, sempre me deu muita bronca. Sempre falou na minha cara o que eu PRECISAVA saber, sempre me colocou no lugar quando precisou. Nós passamos muitas coisas juntas, muito choro, muita risada (e quanta risada!). Já falamos muita besteira, mas já tivemos muitas conversas sérias . A Nathallya passava uma imagem de ser uma pessoa muito forte, mas eu sabia que de vez em quando ela precisava muito de colo, mas ela nunca demonstrou
Às vezes, por causa do dia-a-dia, nós passavamos meses sem nos ver, mas estavamos sempre ligando, mandando e-mail, conversando uma com a outra. E eu acho incrível como ela me conhecia tão bem. Eu sinto muita falta dela.

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